Russell Crowe é um homem com demônios.
No início de sua carreira de ator, Crowe cultivou uma reputação por seu temperamento feroz, culminando com ele jogando um telefone no concierge de um hotel em 2005. Portanto, é um elenco intrigante, embora piscante, que o encontra em O exorcismosobre um ator cujos vícios arruinaram sua carreira antes de alto nível e que agora se encontra estrelando a apoteose dos gêneros de terror: um filme de exorcismo.
Poderia ter sido delicioso ver Crowe mastigar um papel como esse – atrevido, assustador, profano. Poderia ter sido muitas coisas.
Mas a intensidade simplesmente não existe no filme de estreia do diretor Joshua John Miller. O roteiro, escrito por Miller e seu parceiro MA Fortin, faz um excelente trabalho ao homenagear os grandes filmes de possessão demoníaca do passado, até citando alguns deles como exposição. Mas a piada só vai até certo ponto.
Crowe interpreta o ator Anthony Miller, escalado para um novo filme de terror Os projetos de Georgetown, um pastiche dos dois O Exorcista e O Terror de Amityville, depois que seu protagonista morre no set em circunstâncias misteriosas. Com duração insignificante de 93 minutos, é um filme de terror sobre a realização de um filme de terror que nunca chega a ser cozinhado.
O passado de Miller o assombra. Sua filha Lee, interpretada pelo excelente Ryan Simpkins, chega no momento em que ele é escalado para o filme e é testemunha de sua recaída espiritual e física. Simpkins traz uma base nascente para Lee, que acabou de ser suspensa de sua escola só para meninas por um ato de protesto que pode ter sido um incêndio criminoso. Eles e Chloe Bailey, que interpreta o jovem colega de elenco de Miller, Blake Halloway, trazem brilho e calor à tela sempre que aparecem juntos. Faz um belo contraste com o errático e cada vez mais frio Miller de Crowe.
Completando o elenco estão Sam Worthington, Adam Goldberg e David Hyde Pierce. Todos os três desempenham seus papéis obedientemente. Goldberg aproveita ao máximo seus poucos minutos na tela como um idiota de língua ácida. O personagem de Sam Worthington poderia ter precisado de mais tempo e desenvolvimento. Às vezes, você se esquece completamente dele. Pierce engole cada fala que diz, parando um momento para saborear o ridículo ao seu redor, embora ainda dê seriedade e clareza de fé à sua atuação como Padre Conor. Ele avança no terceiro ato – só vale o preço do ingresso se você decidir no meio do caminho que deveria ter visto uma comédia.
O curto tempo de execução não permite muito mais do que exposição, com cortes de salto e cartazes acelerando você. Russel Crowe faz o que pode para trazer seriedade a Miller, mas a escrita não apóia seu esforço. E tudo parece um pouco sério e enjoativo, como algo que você compraria na loja de presentes do Vaticano. Se você era fã da opinião dele sobre o Dr. Jekyll e o Sr. Hyde em 2017 A mamãeentão você apreciará o desempenho dele aqui.
Os possuídos se movem em velocidades alarmantes, as espinhas dobram da maneira que não deveriam, e o rei demônio Moloch pode ser o produtor executivo do filme. Contudo, O exorcismo é uma versão divertida, mas vazia, de um clássico do gênero terror. Crowe merece muito mais, mas não merecemos todos?
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