Documentário de 2024 da HBO, Dinheiro elétrico: o mistério do Bitcoininvestiga o mistério do criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, apresentando um novo suspeito – o especialista em criptografia e desenvolvedor de software canadense Peter Todd. Dirigido por Cullen Hoback, o documentário explora o envolvimento inicial de Todd no desenvolvimento do Bitcoin e suas conexões com figuras proeminentes como o CEO da Blockstream, Adam Back. Apesar da atitude desdenhosa de Todd em relação à teoria, o filme usa evidências circunstanciais, como postagens em fóruns, para sugerir seu papel potencial na criação do Bitcoin.
No artigo de aproximadamente 100 minutos, Hoback investiga a ascensão e queda da criptomoeda, desde seu início em 2009 até a surpreendente resiliência do Bitcoin, apesar das quedas do mercado. No centro da narrativa está a busca contínua para desmascarar Nakamoto, uma figura que desapareceu dois anos após o lançamento do Bitcoin. Embora o documentário pinte Todd como um “candidato improvável escondido à vista de todos”, as reivindicações permanecem especulativas. Todd, que se juntou ao desenvolvimento do Bitcoin em 2013, riu repetidamente da sugestão de que ele é Nakamoto, declarando-se humoristicamente como tal no filme, mas sem oferecer qualquer prova real.
Money Electric afirma que Peter Todd é na verdade Satoshi Nakamoto, o criador do Bitcoin
Em Dinheiro elétrico: o mistério do BitcoinCullen Hoback investiga se Peter Todd, um especialista canadense em criptografia e desenvolvedor de software, é o esquivo Satoshi Nakamoto, o criador do Bitcoin. Hoback já havia dirigido a série documental P: Na tempestadeonde sugeriu que Ron Watkins liderasse a conspiração QAnon. Depois, A Grande Curta diretor Adam McKay, também produtor executivo de Dinheiro elétricoencorajou Hoback a perseguir o mistério de Nakamoto. Inicialmente cético, Hoback mergulhou, explorando as primeiras conexões de Todd com figuras proeminentes como Adam Back, uma das poucas pessoas que Nakamoto citou no white paper original do Bitcoin.
Ao longo do documentário, Hoback constrói seu caso usando uma mistura de evidências circunstanciais, incluindo uma postagem no fórum Bitcoin de 2010, onde Todd aparentemente corrigiu Satoshi. Hoback especulou que Todd postou acidentalmente de sua conta pessoal enquanto esclareceu uma declaração anterior que ele fez como Nakamoto. Essa interação levantou suspeitas, especialmente porque Todd implementou posteriormente a solução técnica discutida no tópico, conhecida como “substituição por taxa.”Quando confrontado diante das câmeras sobre a teoria, Todd negou ser Satoshi, chamando a ideia de”ridículo.” No entanto, Hoback achou digno de nota o nervosismo visível de Todd e o silêncio de Adam Back durante o confronto.
Peter Todd tem sido uma figura polêmica na comunidade Bitcoin, criticando frequentemente algumas das ideias de Nakamoto. Em podcasts e postagens nas redes sociais, Todd questionou decisões como o limite máximo de 21 milhões de moedas do Bitcoin, uma postura raramente adotada em uma comunidade que reverencia os conceitos originais de Nakamoto. Hoback interpreta esse comportamento como evidência potencial que apoia sua teoria, observando a fixação crítica de Todd nas decisões de Satoshi. Em uma postagem de 2015, Todd escreveu: “Acho que o Bitcoin é um ótimo exemplo de como às vezes as ideias para mudar o mundo são na verdade muito simples,”que Hoback vê como uma visão do possível papel de Todd na criação do Bitcoin.
As evidências do documentário permanecem circunstanciais e Todd continua a negar a alegação de que ele é Nakamoto. Ele afirma que a busca para desmascarar o criador do Bitcoin é ao mesmo tempo “burro” e “perigoso.” Adam Back, que também tem sido ligado à especulação de Satoshi, rejeitou a teoria nas redes sociais, afirmando que ninguém conhece a verdadeira identidade de Satoshi. Apesar da incerteza, Hoback espera Dinheiro elétrico desencadeará novas investigações, encorajando a comunidade criptográfica a considerar suas evidências e a aprofundar a identidade do misterioso criador do Bitcoin.
As origens misteriosas do Bitcoin e Satoshi Nakamoto explicadas
Em 3 de janeiro de 2009, após a crise financeira de 2008, o primeiro bloco do Bitcoin, conhecido como “bloco de gênese“foi extraído por Satoshi Nakamoto. Isso marcou o lançamento oficial do blockchain, um livro-razão digital descentralizado. Nakamoto havia publicado um white paper alguns meses antes, descrevendo o sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer do Bitcoin, que permitiria aos usuários enviar pagamentos sem intermediários, como bancos ou instituições financeiras Os estágios iniciais do Bitcoin foram em grande parte conduzidos por mineradores que, usando o poder da computação, ajudaram a verificar as transações sem receber qualquer equivalente monetário.
Satoshi Nakamoto, cuja verdadeira identidade permanece desconhecida, esteve envolvido em círculos de criptografia antes da criação do Bitcoin. Conhecidas apenas através de fóruns e e-mails online, as contribuições de Nakamoto foram essenciais para o desenvolvimento inicial do Bitcoin. Acredita-se que o pseudônimo represente uma única pessoa ou grupo, com várias teorias sugerindo indivíduos como Adam Back, Hal Finney e Nick Szabo como potenciais criadores. Em 2011, Nakamoto desapareceu da comunicação pública, deixando o desenvolvimento do Bitcoin para outros, ao mesmo tempo que manteve um status misterioso no mundo das criptomoedas.
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O Bitcoin surgiu como uma resposta à fragilidade do sistema financeiro global, evidenciada pela crise de 2008. A visão de Nakamoto era descentralizar o poder financeiro, permitindo que as pessoas comuns se envolvessem em transações seguras e sem intermediários. O sistema blockchain do Bitcoin garante transparência e segurança usando criptografia para verificar transações, que os mineradores auditam para evitar gastos duplos. Desde a sua criação, o Bitcoin permaneceu de código aberto, garantindo que nenhuma entidade tenha o controle, e continua a servir como base para sistemas financeiros descentralizados.
O que Peter Todd disse sobre ser o criador do Bitcoin
No documentário da HBO, o desenvolvedor canadense Peter Todd foi identificado como o indescritível criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto. O cineasta Cullen Hoback apoiou essa afirmação apresentando postagens antigas na Internet e entrevistas com membros da comunidade de criptomoedas. Durante o documentário, Hoback confrontou Todd com as descobertas, e Todd respondeu: “Bem, sim, sou Satoshi Nakamoto.” No entanto, o documentário reconhece que esta declaração não deve ser tomada como uma confirmação, já que Todd já fez comentários semelhantes em tom de brincadeira para apoiar a natureza anônima da identidade de Satoshi, um refrão comum na comunidade criptográfica.
Todd, uma figura proeminente no desenvolvimento do Bitcoin, comunicou-se com Nakamoto nos primeiros dias da plataforma. Apesar de seu envolvimento, Todd raramente foi considerado o principal suspeito da identidade de Nakamoto. Depois que o documentário foi ao ar, Todd negou categoricamente a afirmação no X (antigo Twitter), afirmando: “Eu não sou Satoshi.” Ele criticou o trabalho de Hoback, sugerindo que o cineasta se preocupava mais em criar um documentário lucrativo do que em encontrar a verdadeira identidade de Nakamoto. Todd argumentou que se Hoback tivesse procurado seriamente descobrir Nakamoto, ele teria testado suas teorias com outros especialistas como Adam Back e o próprio Todd.
O documentário também aponta para uma postagem no fórum de 2010, onde Todd elaborou um comentário de Nakamoto, levando Hoback a acreditar que Todd havia postado acidentalmente com seu nome verdadeiro. Todd refutou essa afirmação compartilhando uma postagem no X, dizendo: “Isso é claramente ridículo!” Ele explicou que sua resposta foi simplesmente um comentário sarcástico e preciso, típico de suas interações na comunidade. Ele rejeitou a teoria como infundada e insistiu que não havia nenhuma razão credível para acreditar que ele era Nakamoto com base nas provas apresentadas no documentário.
Outras figuras proeminentes mencionadas no documentário também negaram ter feito parte da criação do Bitcoin. Adam Back, cujo trabalho foi citado no white paper original do Bitcoin, afirmou no X, “Não eu,” quando questionado se ele era Nakamoto. Back esclareceu que, embora tenha se envolvido com a comunidade de criptomoedas desde o início, ele não esteve envolvido na criação do Bitcoin. Gregory Maxwell, outro dos primeiros defensores do Bitcoin, também negou as afirmações de Hoback, destacando falhas na teoria. Maxwell explicou que o relato de Todd não tinha ligação direta com sua identidade legal e rejeitou a Dinheiro elétrico lógica do documentário como falha.